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Afegão detido por americanos morre em condições inexplicadas

Por Agencia Estado
Atualização:

Um afegão detido por forças de coalizão no leste do Afeganistão morreu em circunstâncias desconhecidas numa penitenciária controlada pelos Estados Unidos, informou nesta segunda-feira o Exército americano. Não estava claro por que o homem, cuja identidade ainda não foi revelada para que sua família seja devidamente notificada, havia sido detido. O prisioneiro morreu no sábado perto de Asadabad, província de Kunar, no leste do Afeganistão, disse o coronel Rodney Davis, porta-voz do Exército dos EUA na Base Aérea de Bagram. "O homem foi colocado sob controle em 18 de junho e transportado para a prisão num complexo de segurança, onde permaneceu até sua morte", disse Davis. "As causas da morte estão sendo investigadas", garantiu. O grupo de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional condena o tratamento dispensado aos detidos pelo Exército dos EUA no Afeganistão e acusa Washington de violar a lei internacional ao recusar o acesso dos detidos a advogados. Em dezembro passado, o jornal The Washington Post publicou que a polícia militar americana e as Forças Especiais dos Estados Unidos estavam espancando prisioneiros e costumavam vendar os detidos, além de jogá-los contra a parede, amarrá-los em posições incômodas e privá-los de sono. Autoridades americanas garantem que seus prisioneiros são mantidos em "condições humanas" e que a maioria tem acesso regular a funcionários da Cruz Vermelha. Ainda nesta segunda-feira, em Kandahar, forças de segurança afegãs detiveram um ex-membro do serviço secreto do Taleban e apreenderam três mísseis rústicos que seriam utilizados em ataques contra bases dos EUA no Afeganistão, disse à The Associated Press um funcionário do governo local. Uma patrulha afegã deteve o mulá Nasim no bairro de Loi Karez, em Kandahar, disse Khalid Pashtoon, porta-voz do governador de andahar. Um outro homem que estava com Nasim conseguiu escapar, prosseguiu. Não se sabe ao certo qual a posição de Nasim na hierarquia da milícia fundamentalista islâmica do Taleban. A identidade do segundo suspeito não foi revelada.

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