Afegãos e sauditas teriam tramado novos ataques

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Por Agencia Estado
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Militantes islâmicos no Afeganistão e na Arábia Saudita discutiram em conversações telefônicas sobre preparativos de um novo ataque contra os Estados Unidos antes de meados de novembro, afirmaram hoje fontes da oposição saudita. A revelação foi feita dois dias depois de o governo norte-americano declarar estado de alerta pela segunda vez em um mês e o secretário americano de Justiça, John Ashcroft, advertir que os terroristas poderiam atacar ainda esta semana os EUA ou interesses norte-americanos no exterior. Fontes da oposição saudita, que não esclareceram como obtiveram a informação, afirmaram que os militantes islâmicos na Arábia Saudita mantinham contatos com seus colegas no Afeganistão por meio de telefones via satélite, que não podem ser localizados. Nas conversações os militantes mencionaram que os EUA seriam alvo de um novo ataque no Ramadã - mês sagrado muçulmano -, que começará o dia 17 de novembro, revelou a mesma fonte, acrescentando que o ataque deveria ocorrer nos EUA e não contra um objetivo norte-americano no estrangeiro. Ashcroft não especificou o tipo de ataque que os EUA poderiam sofrer ou contra quais objetivos, mas disse que a advertência tem como base fontes confiáveis. Um alto funcionário norte-americano disse, contudo, que o alerta tem como base conversações telefônicas interceptadas pelo serviço de inteligência dos EUA. Segundo o jornal The Washington Post, o serviço de inteligência reuniu indicações de que Osama bin Laden delegou autoridade para ordenar e efetuar novos atentados, talvez até mesmo a células individuais do grupo Al-Qaeda. Isso significaria que os terroristas do Al-Qaeda podem realizar novos ataque mesmo se o comando da organização for eliminado. O FBI identificou várias dessas células em território norte-americano e alguns membros da Al-Qaeda foram detidos após os atentados de setembro, segundo o jornal. Leia o especial

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