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África condena interferência militar no Mali

Primeiro-ministro do país foi obrigado a renunciar; Conselho de Segurança estuda aplicar sanções

Atualização:

A União Africana e o bloco regional da África Ocidental condenaram nesta quarta-feira, 12, a interferência militar na política do Mali, depois de o primeiro-ministro do país ser obrigado a renunciar. As entidades não disseram como isso afetará um plano de intervenção militar regional no norte do Mali, para ajudar as forças locais a derrotarem militantes islâmicos e separatistas tuaregues que conquistaram dois terços do território nacional em meio ao caos que se seguiu a um golpe militar em março. Embora os militares tenham cedido o poder a um presidente e a um primeiro-ministro civis, em abril, eles continuam exercendo grande influência, como ficou claro com a destituição do gabinete do premiê Cheick Modibo Diarra, detido na terça-feira quando tentava embarcar para a França. A chefe da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, "condenou firmemente" a renúncia de Diarra e repetiu a exigência "pela total subordinação do Exército e das forças de segurança ao governo civil". EUA, França e União Europeia também condenaram a renúncia forçada do premiê, e o Conselho de Segurança da ONU disse que vai considerar sanções direcionadas com vistas à retomada da "ordem constitucional". O bloco regional Ecowas prometeu manter seus esforços para acabar com a crise e reunificar o Mali, "desmantelando redes terroristas no norte e organizando eleições livres, transparentes e inclusivas". Chefes de defesa do grupo africano ocidental devem se reunir no sábado na Costa do Marfim.

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