África não será base para terror, diz Bush

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Por Agencia Estado
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Em seu último dia de viagem à África, o presidente americano, George W. Bush, advertiu hoje que não permitirá que o continente africano seja usado como uma base de futuros ataques terroristas e pediu novamente ao presidente da Libéria, Charles Taylor, que abandone o poder. Em discurso em Abuja, capital da Nigéria, pouco antes de voltar para os Estados Unidos, Bush também se comprometeu a trabalhar com a Organização das Nações Unidas (ONU) e com a Comunidade de Estados Oeste-Africanos para pôr fim a quatro anos de guerra civil na Libéria. Ele elogiou os esforços de numerosos líderes africanos para promover as instituições democráticas, mas advertiu que essas "instituições estão ameaçadas em algumas partes da África pelo terrorismo, o caos e a guerra". Em um encontro com o presidente da Nigéria, Olusegun Obasanjo, Bush conversou sobre questões como o comércio, o combate à aids e a Libéria. Ele disse que espera os relatórios de peritos militares, que estudam a situação em Monróvia, antes de decidir se enviará tropas americanas para participar de uma força de pacificação na Libéria. O presidente americano elogiou a liderança de Obasanjo em questões como a Libéria - o líder nigeriano viajou recentemente a Monróvia para oferecer pessoalmente asilo a Taylor - e o combate à aids e disse que buscará transformar a Nigéria num parceiro comercial. Em Monróvia, Jewel Howard Taylor, esposa do presidente liberiano, disse que ela e o marido abandonarão o país, apesar de ele ser "um bom líder". Segundo ela, "os liberianos não reclamaram porque não há valas comuns no país". Ela não revelou quando o casal pretende abandonar a Libéria, mas comentou que não lhes resta outra opção a não ser sair do país. O governo de Charles Taylor está sitiado por rebeldes que pretendem derrubá-lo.

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