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NSA destruirá dados de programa de espionagem em telefonemas

A agência destruirá registros telefônicos de milhões de americanos que ela coletou durante quase dez anos, assim que resolver litígios legais e já estiver aplicada uma nova lei de monitoramento

Atualização:

WASHINGTON - A Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) destruirá registros telefônicos de milhões de americanos que ela coletou durante quase dez anos, assim que resolver litígios legais e já estiver aplicada uma nova lei de monitoramento, afirmou nesta segunda-feira o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos.

No dia 2 de junho, o presidente dos EUA, Barack Obama, assinou a lei conhecida como USA Freedom Act, que proíbe a coleta em massa de registros telefônicos. Em vez disso,exige que as agências de inteligência obtenham registros telefônicos específicos das companhias telefônicas.

Senado se reúne na tentativa de estender programa de vigilância que permite coleta de dados telefônicos pelo governo, em Washington. Foto: Tirou Angerer/AFP Foto:

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A lei da à NSA seis meses para reduzir o programa existente, que obtinha quase todos os registros das companhias telefônicas e armazenava essas informações - incluindo números de telefone discados por indivíduos e a duração das conversas - nos servidores do governo.

Funcionários da Casa Branca disseram que estavam estudando se iam manter os dados coletados sob o atual programa, mas a principal agência de inteligência dos EUA disse nesta segunda-feira que esses registros seriam eliminados. Os registros sujeitos a processos em andamento serão preservados até que os casos sejam resolvidos.

O programa de coleta em massa de registros de telefonemas foi criado no governo de George W. Bush e sua existência foi revelada em 2013 pelo ex-funcionário terceirizado da NSA Edward Snowden, que vazou detalhes secretos do programa para a imprensa. A Casa Branca e o Congresso avançaram posteriormente para proibir essa prática, ainda que as agências de inteligência e outras do setor de segurança ainda possam acessar registros telefônicos de alvos específicos, após conseguirem uma autorização judicial. / Dow Jones Newswires

Vídeo: Por onde anda Edward Snowden?

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