A escolha da agência estatal de notícias, Xinhua como censora das informações publicadas na China pelas agências estrangeiras é uma "regra provisória" e "não levará a um monopólio", garantiu um funcionário do governo chinês, citado nesta sexta-feira pela imprensa local. "Departamentos relevantes do governo vão supervisionar a atividade e a ´Xinhua´ não se tornará um monopólio", afirmou Liu Binjie, subdiretor do Escritório Estatal de Imprensa e Publicações, segundo publica a agência estatal. Durante um período cuja extensão não foi anunciada, a agência receberá do governo autoridade para controlar as agências estrangeiras na China, uma função que depois será desempenhada por um departamento governamental. No processo de abertura e construção de uma economia de mercado, a China "precisa de tempo" para melhorar seu sistema legal geral, segundo Liu. Ele argumentou que serão necessárias algumas medidas administrativas para reforçar a gestão em determinadas áreas. "O governo chinês garantirá os direitos e a liberdade das atividades jornalísticas da imprensa estrangeira na China. Esta política não mudou", insistiu. A Xinhua publicou no domingo uma norma, de efeito imediato, exigindo que as informações de agências de notícias estrangeiras divulgadas na China passem pelo seu controle. Segundo o novo regulamento, os conteúdos que "prejudiquem a união nacional da China, sua soberania e sua integridade territorial" serão proibidos, assim como os que arriscarem "a segurança nacional, a reputação e os interesses" do país. Os protestos da União Européia e dos Estados Unidos contra a iniciativa não atrapalharam a visita à Europa do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, que assinou importantes acordos comerciais na Finlândia, Reino Unido e Alemanha.