Agências humanitárias enviam ajuda para focos de combate na Líbia

Confrontos em Sirte, Sabha e Bani Walid dão início a onda de refugiados e demanda por auxílio

PUBLICIDADE

Atualização:

NOVA YORK - Agência internacionais de ajuda humanitária prepararam carregamentos de alimentos e suprimentos médicos perto de Sirte, cidade natal do ditador da Líbia, Muamar Kadafi, onde os rebeldes ainda lutam contra as tropas do regime, informou nesta terça-feira, 27, a Organização das Nações Unidas (ONU). Os confrontos já fizeram 6 mil refugiados e limitaram o acesso ao local.

 

Veja também:
forum OPINE: 
Onde se esconde Kadafi?
especialESPECIAL: Quatro décadas de ditadura na Líbia
lista ARQUIVO: ‘Os líbios deveriam chorar’, dizia Kadafi

 

 

Os revolucionários expulsaram as forças de Kadafi de quase todo o território líbio e instituíram seu próprio órgão governamental - o Conselho Nacional de Transição (CNT) -, resultado de mais de seis meses de guerra civil para encerrar o regime do coronel, que já durava 42 anos.

 

 

PUBLICIDADE

Cidades como Sirte e Bani Walid, porém, ainda oferecem resistência e a situação da segurança em alguns locais segue frágil. Os combates têm afetado a distribuição e o abastecimento dessas cidades, fazendo com que as principais vítimas sejam civis, que ou fogem de suas casas ou se arriscam a ficar sem água, remédios e alimentos.

 

De acordo com o escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), há "solicitações substanciais de ajuda alimentar para Sirte, Bani Walid e Sabha". Embora os números exatos ainda não estejam claros, a quantidade de pessoas que precisa de ajuda pode ser maior do que se pensava.

 

O OCHA estima que há entre 100 mil e 150 mil refugiados dentro do próprio país. Destes, 50 mil estão sujeitos a ameaças físicas e de discriminação por pertencerem a minorias étnicas, o que configura uma maior preocupação do órgão internacional. Imigrantes de países menos desenvolvidos que estão na Líbia também despertam a preocupação da ONU, informou a entidade.

Publicidade

 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.