Agentes do FBI buscam cúmplices de Eric Rudolph

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Por Agencia Estado
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As autoridades federais começaram hoje a interrogar Eric Robert Rudolph, acusado de ser o responsável pelo atentado do Parque Centenário, em Atlanta, durante os Jogos Olímpicos de 1996 e por outros ataques a bomba no sudeste dos EUA, principalmente contra clínicas de aborto e bares de homossexuais. Dezenas de agentes do FBI vasculharam hoje uma extensa área de floresta, a oeste da Carolina do Norte, na busca de pistas que expliquem como Rudolph conseguiu escapar da Justiça desde 1990, quando foi apontado como o responsável pelos ataques. O FBI pensa fazer exames de DNA com o intuito de reforçar suas acusações contra Rudolph, um veterano do Exército que conseguiu, com técnicas de sobrevivência, fugir de uma das maiores caçadas dos últimos anos. Rudolph, de 36 anos, foi detido na madrugada de sábado por um policial enquanto remexia a lixeira de uma loja. Amanhã, Rudolph será apresentado a um tribunal em Asheville, também na Carolina do Norte. O atentado do Parque Centenário deixou um morto e mais de cem feridos. As acusações federais de uso de explosivos podem levá-lo à pena de morte. Outros quatro atentados contra clínicas de aborto deixaram dois mortos e cerca de 150 feridos. A polícia quer saber se Rudolph contou com a ajuda de alguém para fugir. As autoridades suspeitam que Rudolph deve ter recebido ajuda de membros de seu grupo de ultradireita, a Identidade Cristã, que, entre outros delitos, promove o ódio racial. A enfermeira Emily Lyons, que perdeu a visão de um dos olhos e ficou paraplégica num ataque a uma clínica de abortos, disse-se "aliviada" com a de Rudolph. "Agora ele já não pode fazer mal a ninguém", disse. Desde seu misterioso desaparecimento, Rudolph tornou-se uma espécie de figura mítica para seus partidários e inspirou canções e uma venda febril de camisetas com a frase "Corra, Rudolph! Corra!"

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