Agentes Federais começam a se posicionar em Oaxaca

Vicent Fox ordenou, no sábado, o envio de tropas para conter conflitos na cidade

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Por Agencia Estado
Atualização:

Efetivos da polícia federal mexicana começaram a chegar neste domingo na cidade de Oaxaca, no sul do país, onde milhares de pessoas estão posicionadas em barricadas esperando o avanço das tropas. O presidente do México, Vicente Fox, ordenou no sábado o envio das tropas federais. Os manifestantes, a maioria pertencente a Assembléia Popular do Povo de Oaxaca (APPO), mantêm atividade pacífica depois de anunciar no sábado que não vão enfrentar as tropas enviadas pelo governo federal para restabelecer a ordem no estado. Desde maio, Oaxaca vive um conflito social que começou com uma greve de professores e foi se radicalizando com posturas contra o governador do estado, Ulises Ruiz, a ponto de na sexta-feira quatro pessoas terem morrido em confrontos nas ruas da cidade. Uma das vítimas foi o jornalista americano Roland Will, que morreu com um tiro no peito. "Vamos resistir pacificamente", afirmou uma professora. "Se eles querem retirar as barricadas, que as retirem", acrescentou. Segundo informações extra-oficiais, foram enviados a Oaxaca 3 mil tropas da Polícia Federal Preventiva (PFP) e um corpo policial dependente do Governo federal que tem o objetivo de prevenir e combater delitos como seqüestros e narcotráfico, assaltos e tráfico de armas. No início da rodovia que conduz à capital mexicana saindo de Oaxaca, pelo menos meia dúzia de bloqueios foram levantados por caminhões de carga, segundo pôde comprovar a EFE. Nos arredores também se encontram alguns policiais à espera de ordens, situados a cerca de 100 metros dos primeiros manifestantes. Os agentes, que portam escudos, paus e tem ao lado equipamentos para o lançamento de gases lacrimonêneos, estão apoiados por pelo menos uma dúzia de tanques com canhões de água usados para operações similares. Neste domingo, o dirigente da Assembléia Popular do Povo de Oaxaca (APPO), Zenen Bravo, garantiu à EFE que os membros da organização irão contestar contra a polícia com uma "tática de luta de mobilização passiva". "Quando as forças federais avançarem, nós vamos nos retirar para não dar chance para o enfrentamento", declarou Bravo. Matéria ampliada às 15h45

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