07 de julho de 2021 | 22h21
Atualizado 08 de julho de 2021 | 14h56
PORTO PRÍNCIPE - Quatro mercenários morreram e dois foram presos após o assassinato do presidente do Haiti Jovenel Moise, crime do qual são suspeitos, informou a polícia nesta quarta-feira, 7, informando que suas forças realizam uma operação na capital, Porto Príncipe.
"Quatro mercenários foram mortos, dois foram colocados sob nosso controle. Três policiais que foram feitos reféns foram recuperados", disse o diretor-geral da polícia haitiana, Leon Charles, em um comunicado à televisão.
Ele acrescentou que a polícia perseguiu os assassinos imediatamente após o tiroteio contra Moise, em sua residência em Porto Príncipe, na manhã desta quarta-feira.
O assassinato de Moise trouxe mais instabilidade para um país que já sofre com a violência de gangues, aumento da inflação e protestos contra seu governo, cada vez mais autoritário. Mais cedo, o primeiro-ministro interino Claude Joseph disse que a polícia e os militares estão no controle da segurança no país, o mais pobre das Américas.
Em uma entrevista à agência Associated Press, Joseph pediu uma investigação internacional sobre o assassinato, disse que as eleições marcadas para o final deste ano deveriam ser realizadas e prometeu trabalhar com os aliados e oponentes de Moise.
Apesar das garantias de Joseph de que a ordem prevaleceria, houve confusão sobre quem deveria assumir o controle e uma ansiedade generalizada entre os haitianos.
As ruas normalmente movimentadas da capital, Porto Príncipe, estavam vazias nesta quarta-feira. Tiros esporádicos foram ouvidos à distância, o transporte público era escasso e algumas pessoas procuraram lojas que estavam abertas para estocar comida e água. O aeroporto internacional foi fechado.
Joseph declarou estado de sítio no país, colocando o país basicamente sob lei marcial. Durante 15 dias, a polícia e os membros da segurança podem entrar nas casas, controlar o trânsito e tomar medidas especiais de segurança e “todas as medidas gerais que permitam a prisão dos assassinos” de Jovenel Moise. O texto também proíbe reuniões destinadas a "preparar" a desordem. /AFP, AP e NYT
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