Atualizado às 20h51
JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou nesta quinta-feira, 18, que todos que atacarem o país "pagarão um preço muito alto". As declarações do premiê são feitas no mesmo dia em que oito israelenses morreram em atentados ocorridos perto da fronteira com o Egito.
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Os ataques ocorreram na cidade de Eilat, no sul de Israel, onde homens armados entraram no país a partir do território egípcio e abriram fogo contra veículos civis e um posto militar na cidade. Sete agressores morreram no atentado. Em resposta, as forças israelenses bombardearam Gaza e mataram seis pessoas, entre elas um dirigente dos Comitês Populares de Resistência.
Netanyahu afirmou que os ataques representam uma "séria violação da soberania de Israel" e disse que o país não vai se curvar diante das agressões. As declarações do premiê foram respaldadas por Tzipi Livni, líder opositora, que disse que os incidentes requerem uma reposta israelense e que apoiará as decisões do governo.
O ministro da Defesa, Ehud Barack, também se pronunciou, dizendo que se trata de uma série de atentados ocorridos em "vários locais". "Os incidentes mostram que o Egito está perdendo o controle no Sinai e da ampliação das operações terroristas na área. A fonte desses ataques é Gaza e nós vamos preparar uma resposta com força total", alertou.
O Hamas, facção palestina radical que controla Faixa de Gaza, negou a autoria dos ataques. O grupo é considerado uma organização terrorista por Israel, já que não reconhece Estado judeu.
O incidente desta quinta elevou as tensões na região do Sinai e gerou críticas ao governo do Egito sobre a falta de controle na região, que tem sido palco de ataques a delegacias e oleodutos nos últimos meses. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.