
22 de setembro de 2011 | 16h43
"Quem usou o misterioso incidente de 11 de Setembro como um pretexto para atacar o Iraque e o Afeganistão, matando, ferindo e exilando milhões de pessoas nos dois países, com o objetivo final de reforçar seu domínio sobre o Oriente Médio e suas reservas petrolíferas?", afirmou o mandatário.
Diplomatas de vários países, liderados por norte-americanos e franceses, se retiraram do plenário quando o presidente iraniano começou a discursar. Os franceses saíram quando o presidente iraniano abordou a questão do Holocausto e do genocídio dos judeus na 2ª Guerra Mundial, enquanto os americanos se retiraram após ele ter falado sobre o 11 de setembro.
Ahmadinejad também sugeriu que os EUA assassinaram Osama bin Laden, o líder da Al-Qaeda, como uma "queima de arquivo". "Não seria razoável levar à Justiça o perpetrador do incidente para identificar os elementos que estavam por trás do espaço seguro, proporcionado para o avião invasor atacar as duas torres gêmeas?" questionou Ahmadinejad. "Existem informações classificadas que precisam ser mantidas em segredo?"
O líder iraniano também afirmou que os Estados Unidos foram responsáveis pelas duas guerras mundiais e por usarem bombas nucleares contra "pessoas indefesas" no Japão em 1945. Ele também criticou o passado de escravidão nos EUA. Depois, o mandatário iraniano acusou países europeus não identificados de usarem o Holocausto como desculpa para "pagarem resgates aos sionistas". Segundo ele, qualquer questionamento sobre as origens do movimento sionista é condenado nos EUA como um "pecado imperdoável".
"Ahmadinejad teve uma chance de falar às aspirações de liberdade e dignidade do seu próprio povo, mas ao contrário ele fez novamente um discurso antissemita e cheio de detestáveis teorias da conspiração", disse Mark Kornblau, porta-voz da missão americana na ONU.
Na semana passada, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, fez críticas fortes aos países europeus, quando aconselhou os árabes a não deixarem as "potências imperialistas" e Israel sequestrarem as revoluções em curso nos países do Norte da África e Oriente Médio.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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