AI critica lei de tribunais militares para julgar terroristas

"A Anistia Internacional fará campanha para revogar esta lei e espera que a constitucionalidade desta legislação seja questionada nos tribunais", diz nota

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Por Agencia Estado
Atualização:

A organização defensora dos direitos humanos Anistia Internacional (AI) criticou nesta sexta-feira a lei de tribunais militares para julgar acusados de terrorismo que o Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira. Em comunicado emitido da sede em Londres, a AI lamenta que o Senado tenha dado seu respaldo à "aprovação de violações de direitos humanos cometidos pelos EUA na guerra contra o terrorismo". A ONG acredita também que a legislação coloca os Estados Unidos "no lado errado da normativa internacional". "A Anistia Internacional fará campanha para revogar esta lei e espera que a constitucionalidade desta legislação seja questionada nos tribunais", diz a nota. "Na guerra contra o terrorismo, os EUA recorreram a detenções secretas, desaparecimentos forçados, prolongadas detenções sem direito à comunicação, detenções por tempo indeterminado sem acusações, tortura e outros tratamentos desumanos e degradantes". A organização defensora dos direitos humanos também lembra que "milhares de detidos continuam sob detenção militar por tempo indeterminado sob custódia dos Estados Unidos no Iraque, Afeganistão e Guantánamo (Cuba)". Por isso, a AI considera que "o Senado falhou com estes detidos e seus familiares". A chamada "Lei sobre Comissões Militares de 2006" foi aprovada nesta quinta-feira pelo Senado por 65 votos a favor e 34 contra, um dia após receber o apoio da Câmara de Representantes.

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