Aiatolá volta ao Iraque em triunfo

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Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do maior grupo xiita de oposição do Iraque voltou para casa depois de 23 anos de exílio no Irã. O aiatolá Mohammed Baqr Al-Hakim, líder do Conselho Supremo para a Revolução Islâmica do Iraque, cruzou a fronteira do país na manhã deste sábado e foi recebido em meio a um grande tumulto. Segundo Frank Gardner, correspondente da BBC que presenciou a cena, milhares de simpatizantes xiitas se aglomeravam para ver o seu líder espiritual. Al-Hakim deve fazer um discurso em um estádio de Basra, cidade do sul do Iraque com maioria xiita, onde milhares de pessoas já o aguardam com bandeiras verdes do islamismo e fotos do aiatolá. Depois, segue em giro por outras regiões iraquianas, incluindo a cidade de Najaf, sagrada para os xiitas. Autoridades britânicas e americanas indicaram que os movimentos do aiatolá Hakim serão acompanhados de perto nas próximas semanas pelas tropas que ocupam o Iraque. Estados Unidos e Grã-Bretanha temem que Al-Hakim tente impor uma teocracia semelhante ao regime do Irã em Bagdá. O aiatolá nunca retornou à sua terra natal desde que partiu para o exílio, em 1980, após o início da guerra entre Irã e Iraque. Durante as orações de sexta-feira em Teerã, pouco antes de partir para o Iraque, Al-Hakim agradeceu o Irã pela hospitalidade nos últimos 23 anos. O aiatolá também disse aos fiéis que o futuro do Iraque pertence ao Islã e que chegou o momento de atender o desejo do povo iraquiano e de ajudar a reconstruir o país. Apesar disso, em declarações recentes, o aiatolá afirmou defende a idéia americana de uma coalizão eleita democraticamente para governar o Iraque. O retorno de Al-Hakim ao Iraque provocou muita especulação nas últimas semanas. A volta do aiatolá foi adiada várias vezes por preocupações com a sua segurança. Na sexta-feira, com a companhia de uma comitiva de cerca de cem homens armados, o líder xiita finalmente partiu para Basra. As informações são do site da BBC em português. Para ler o noticiário da BBC, que é parceira do estadao.com.br, clique aqui. Veja o especial :

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