AIEA amplia investigações sobre fornecedores nucleares do Irã

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Por Agencia Estado
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Não são somente cientistas do programa nuclear paquistanês que são suspeitos de auxiliar secretamente a agência iraniana de energia atômica: diversos outros países estão atualmente sob o escrutínio da Organização das Nações Unidas (ONU), comentaram diplomatas e especialistas em armas. De acordo com eles, meses de investigações da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), subordinada à ONU, rastrearam as origens do programa de enriquecimento de urânio do Irã no fim da década de 80, quando Teerã teve acesso pela primeira vez à tecnologia de centrífugas. As investigações estenderam-se "muito além" de Paquistão, Rússia e China, para incluir companhias com sede em países como Alemanha, Suíça, Áustria e diversas outras nações da Europa Ocidental, revelou um diplomata. Sob condição de anonimato, outro diplomata apontou laços entre o Paquistão e o programa nuclear da Coréia do Norte e comentou que os serviços secretos dos Estados Unidos possuem "evidências muito convincentes" sobre essa conexão. Atualmente, o Irã e a Coréia do Norte consistem nas principais preocupações da AIEA, cujo principal objetivo é impedir a proliferação de armas atômicas, promovendo constantes inspeções e monitorando as atividades dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP). A Coréia do Norte retirou-se do tratado depois de o governo americano ter revelado, no ano passado, a existência de pretensões belicistas no programa nuclear norte-coreano. Depois de meses de intensa pressão, o Irã coopera atualmente com os esforços da AIEA para inspecionar suas atividades nucleares. Washington acusa Teerã de possuir um programa secreto para o desenvolvimento de armas nucleares. O Irã insiste em que seu programa é estritamente pacífico e tem o objetivo de gerar energia. Há poucos dias, o governo iraniano acatou um protocolo adicional do TNP para permitir inspeções mais intrusivas por parte de agentes da AIEA.

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