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AIEA defende inspeções de armas nucleares no Iraque

Por Agencia Estado
Atualização:

Apesar das suspeitas de que o Iraque estaria perto de construir uma bomba atômica, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que, na última vez em que inspecionou o país, em dezembro de 1998, não encontrou qualquer indicação de que Bagdá estaria perto de possuir armas nucleares. Segundo o diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, as inspeções ocorreram durante sete anos, entre 1991 e 1998, e nenhuma evidência foi encontrada de que Saddam Hussein teria a capacidade de produzir a bomba em pouco tempo. ElBadarei alerta, porém, que desde dezembro de 1998, a Agência não tem tido informações sobre a situação no Iraque. "Estamos prontos para voltar ao Iraque", afirmou o diretor. Na sua avaliação, o retorno dos inspetores seria "um passo crucial para dar garantias à comunidade internacional de que o programa de armas nucleares no Iraque foi neutralizado e que não foi retomado". ElBaderei ainda indica que outra preocupação da AIEA é a Coréia do Norte. Segundo ele, a Agência nunca pôde verificar a existência de programas para a construção de armas nucleares no país. O diretor da AIEA estima que a proteção de usinas nucleares em todo o mundo contra ataques terroristas, sabotagem e roubo de material radioativo deverá custar US$ 12 milhões somente neste ano. "O terrorismo nuclear é um dos maiores desafios que temos na atualidade", disse. Para 2003, a previsão é de que a proteção inclua instalações civis usadas para pesquisas, onde o material radioativo também pode ser obtido por redes de terroristas.

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