12 de abril de 2011 | 13h51
VIENA - A decisão do Japão de elevar ao nível máximo a gravidade do acidente nuclear de Fukushima não significa que o caso seja comparável ao desastre de Chernobyl em 1986, na Ucrânia, disse nesta terça-feira, 12, uma autoridade da agência de energia atômica da Organização das Nações Unidas (ONU).
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"Esse é um acidente totalmente diferente", disse o funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Denis Flory em entrevista coletiva. Ele informou que a quantidade de radiação que vazou de Chernobyl era muito maior.
Apesar disso, as autoridades da AIEA disseram que a decisão do Japão de esperar até agora para elevar o nível do acidente em Fukushima não significa que as autoridades têm diminuindo a importância do desastre. Ao mesmo tempo, insistem que os vazamentos de radiação na área da usina estão diminuindo.
Flory disse que a medida de elevar a gravidade do nível 5 para o 7 foi tomada depois do Japão ter avaliado o total de radiação até o momento. Ele disse que o valor - 370 mil terabecquerels - é cerca de 7% do total liberado pelo acidente de Chernobyl. "Eles não esperaram a escala (mudar) para tomar todas as medidas (contra o vazamento)", comentou o representante da AIEA. As informações são da Associated Press.
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