Ajudados pelos EUA, opositores iraquianos planejam novo governo

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Por Agencia Estado
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Com a ajuda dos Estados Unidos, seis partidos políticos do Iraque estão próximos de formar as bases de um futuro governo baseado numa democracia federalista com participação de todas as minorias, disseram à The Associated Press fontes próximas às negociações. O plano contempla a formação de uma comissão da verdade e da reconciliação, uma investigação de supostos crimes de guerra cometidos pelo presidente Saddam Hussein e seus assessores mais próximos, a eliminação das cortes militares e a formação de um Exército de voluntários. O êxito do plano dependeria de três a quatro meses de ocupação militar, na qual uma coalizão encabeçada pelos Estados Unidos tentaria restabelecer a segurança no país. Com a segurança imposta, seria então realizado um censo e um governo de transição entraria em vigor. Dois anos depois, os iraquianos participariam das primeiras eleições livres em mais de 50 anos. O documento de 100 páginas é fruto de meses de negociações entre os partidos iraquianos de oposição. A maioria opera no exílio e tem em comum apenas o desejo de derrubar Saddam. Os Estados Unidos vêm facilitando as negociações secretas entre as partes e ajudou com especialistas para ajudar na elaboração do plano, disseram especialistas norte-americanos e iraquianos. Os grupos opositores que participam das negociações são o Movimento Constitucional Monarquista, liderado por Sharif Ali bin al-Hussein, primo do último rei do Iraque; o Acordo Nacional Iraquiano, de Ayad Allawi; o Congresso Nacional Iraquiano, de Ahmed Chalabi; o Partido Democrático do Curdistão, de Massoud Barzani; a União Patriótica do Curdistão, de Jalal Talabani; e o pró-iraniano Conselho Supremo para a Revolução Islâmica, liderado pelo aiatolá Mohamad Baqir al-Hakim, um muçulmano xiita.

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