
28 de dezembro de 2010 | 16h43
Falando a milhares de pessoas no Estado de Al Jazirah (Gezira), considerado o celeiro do país, ao sul de Cartum, al-Bashir disse que será "o primeiro a reconhecer o sul" se a população local escolher a secessão no referendo de 9 de janeiro. "Se vocês disserem unidade, sejam bem-vindos. Se disserem secessão, também serão bem-vindos, como um novo Estado irmão."
Cerca de 3,5 milhões de sulistas sudaneses estão registrados para votar no plebiscito, informou o porta-voz da comissão do referendo, George Makuer Benjamin.
Al-Bashir, que é procurado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) das Nações Unidas por crimes de guerra e genocídio na região do Darfur, oeste do Sudão, disse no começo deste mês que o norte do Sudão irá reforçar a Sharia, ou lei islâmica, após o referendo.
O sul, de cultura africana e religiões cristã e nativas, travou uma guerra civil de vinte anos com o norte, de cultura árabe e religião islâmica. A guerra acabou em 2004 com um acordo de paz que previu o referendo. As informações são da Dow Jones.
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