Al Fayed diz que não aceitará tese de morte acidental

´Eu sou a única pessoa que sabe a verdade´, disse empresário egípicio à rede BBC

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Por Agencia Estado
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O empresário Mohammed al Fayed disse que não aceitará a investigação sobre a morte de seu filho Dodi e da princesa Diana caso se conclua que eles foram vítimas de um acidente. "Como posso aceitar algo realmente espantoso?", indagou. "Eu sou a única pessoa que sabe a verdade", disse o empresário à rede de televisão BBC. Na manhã desta quinta-feira, o ex-comissário da Scotland Yard John Stevens divulgará o resultado das investigações. Al Fayed, que é dono das lojas de departamento Harrods, nunca aceitou as investigações realizadas na França, que concluíram em 1999 que a morte de Dodi e Diana foi acidental. O empresário egípcio considera que o casal foi vítima de um complô dos poderes do Estado britânico, que não queriam que eles se casassem. O milionário disse ainda que Stevens gastou 7,4 milhões de euros do contribuinte britânico e perdeu seu tempo com as investigações. Ele acrescentou que o ex-comissário traiu o país e fez um trabalho de acordo com a vontade dos serviços de inteligência. "Eu sou a única pessoa que era próxima a Diana e a meu filho", insistiu o empresário. "Ela não tinha família, tinha apenas pessoas que pretendiam ser seus amigos". Perguntado sobre as provas necessárias para fundamentar seus argumentos, al Fayed disse que "as evidências foram montadas para a conveniência dos terroristas e gângsteres que os assassinaram". Durante a entrevista, o pai de Dodi afirmou ainda que testemunhas da investigação foram "compradas" pelo serviço de inteligência britânico. Diana morreu depois que o automóvel no qual viajava bateu contra uma coluna do túnel Alma, em Paris, ao tentar fugir dos paparazzi que o seguiam. A imprensa acredita que Stevens concluirá que a morte da princesa foi acidental, já que Henri Paul, o motorista, dirigia alcoolizado.

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