PUBLICIDADE

Al Qaeda afirma que mantém franceses sequestrados

Anúncio foi feito em comunicado que foi divulgado na internet e pelo canal de televisão Al Jazera

Atualização:

CAIRO - A Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) confirmou nesta quinta-feira, 23, que mantém sequestrados cinco cidadãos franceses no Níger e advertiu ao governo de Paris que fracassará caso cometa "qualquer estupidez", em alusão a uma possível operação de resgate. O anúncio foi feito em comunicado da AQMI, com a data da última terça-feira e divulgado nesta quinta em páginas islamitas da internet, e segue à reivindicação feita na terça-feira em gravação sonora de um representante de AQMI, retransmitida pelo canal televisivo Al Jazera. Os reféns franceses são trabalhadores da empresa Areva, sequestrados em 15 de setembro no Níger, junto a um cidadão do Togo e outro de Madagascar, que não foram mencionados no comunicado. "Enquanto anunciamos nossa reivindicação desta operação sagrada, informamos ao governo francês que os mujahedins (guerreiros santos) entrarão em contato mais tarde para tratar de seus pedidos legítimos", afirmou a nota. Além disso, recomendou ao governo francês evitar "qualquer outra estupidez que cometa, pois vai fracassar, e o país pagará caro, sem dúvida". Com a ameaça, a AQMI faz alusão à operação militar de julho, com participação de soldados da Mauritânia e da França contra a Al Qaeda, na fronteira com Mali, para tentar libertar o refém francês Michel Germaneau, que a organização terrorista anunciou dias depois que tinha sido assassinado. Em relação aos cinco últimos sequestrados, o braço norte-africano da Al Qaeda acusou os franceses de ter roubado urânio durante décadas de Níger e de ter causado mortes e ferimentos a milhares de muçulmanos nessa pobre região devido ao "uso imoral e contínuo destas minas". "As companhias que saqueiam nossas riquezas e se aproveitam de nossos filhos devem saber que são alvos legítimos dos mujahedins e devem deixar nossa terra urgentemente", afirmou o grupo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.