Al-Qaeda confirma morte de al-Zarqawi e ameaça continuar a jihad

No texto publicado na internet, a Al-Qaeda no Iraque compara a morte do terrorista jordaniano à do profeta Maomé

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

O grupo extremista Al-Qaeda no Iraque confirmou nesta quinta-feira a morte de seu principal líder, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, e prometeu dar continuidade à jihad (guerra santa) em uma mensagem publicada numa página na internet. O comunicado da Al-Qaeda chega pouco depois de o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki, anunciara morte de al-Zarqawi - por cuja captura os EUA ofereciam US$ 25 milhões -, em um ataque aéreo no norte da cidade rebelde de Baquba. "Nós gostaríamos de dar a vocês a alegre notícia do martírio do combatente sagrado xeque Abu Musab al-Zarqawi", dizia a declaração assinada por Abu Abdel-Rahman al-Iraqi, identificado como vice-líder da Al-Qaeda no Iraque. "A morte de nossos líderes é vida para nós. Esse acontecimento apenas aumentará nossa persistência para darmos seqüência à guerra santa, para que a palavra de Deus prevaleça", disse ele. Os grupos militantes islâmicos costumam qualificar a morte de seus membros em combate como uma notícia feliz, pois para eles isso significa que os mortos ingressarão no paraíso como mártires. No texto publicado na internet, a Al-Qaeda no Iraque compara a morte de Zarqawi à do profeta Maomé, no século 7º, depois da qual os exércitos muçulmanos continuaram em expansão. "O que ocorreu com a nação islâmica é igual ao que aconteceu depois da morte do profeta, que a paz esteja com ele, quando a nação continuou lutando e conquistando, dando vida a mais homens", dizia a mensagem. "Nós comunicamos a nosso xeque e emir, Osama bin Laden, que Deus o proteja, que seus soldados da Al-Qaeda no Iraque agem de acordo com os planos elaborados pelo xeque Abu Musab. Continuaremos na trilha de nosso xeque e nosso emir, Abu Musab. Haverá uma dura batalha entre nós e eles (os americanos), e esses infiéis verão sua punição", prosseguia o comunicado. A mensagem foi publicada em uma página da internet onde grupos militantes islâmicos costumam divulgar suas mensagens.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.