Al-Qaeda lança vídeo para marcar ataques de 11 de setembro

No material, novo líder apoia, em áudio, revoltas árabes e são apresentadas novas imagens de Bin Laden.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil
Atualização:

A rede Al-Qaeda divulgou um vídeo para marcar os 10 anos dos ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA, afirmou um grupo americano de monitoramento. Batizado de O Amanhecer da Vitória Iminente, o vídeo foi divulgado em sites de jihadistas (que defendem visões extremistas de guerra religiosa contra o Ocidente) e traz uma imagem estática do sucessor de Osama Bin Laden na liderança do grupo, Ayman al-Zawahiri. Ele também traz imagens de Bin Laden alertando os americanos que eles correm o risco de "se tornarem escravos" de corporações. O grupo de monitoramento, Site Intelligence, diz que a imagem de Bin Laden parece ser parte do mesmo material encontrado pelos americanos em seu esconderijo no Paquistão e que foi divulgado sem som. 'Derrota' O Site Intelligence afirma que no vídeo de 62 minutos, Zawahiri, que se tornou o homem mais procurados pelos EUA desde a morte de Bin Laden em maio, elogia os levantes árabes. "Zawahiri... declarou que, contrário ao que vem sendo divulgado pela mídia, a Al-Qaeda apoia as revoluções e espera que elas estabeleçam o verdadeiro Islã e governanças baseadas na sharia (leis religiosas)", segundo a agência de notícias AFP, citando o Site Intelligence. "As revoluções populares são uma forma de derrota para os Estados Unidos, assim como foram os ataques de 11 de setembro e a visível falta de sucesso no Afeganistão e no Iraque." Alguns analistas dizem que as revoluções no mundo árabe enfraqueceram a Al-Qaeda. Integrantes do governo americano afirmaram que havia evidências suficientes de que a Al-Qaeda pretendia cometer um novo atentado em alguma cidade dos EUA para marcar os 10 anos dos ataques de 11 de setembro. No entanto, o Site Intelligence não menciona nenhuma ameaça específica na análise do vídeo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.