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Alan García enfrenta processo por violações dos direitos humanos

O processo se refere aos massacres de presos pertencentes ao Sendero Luminoso e a outros grupos, em 19 de junho de 1986, durante o primeiro mandato de García

Por Agencia Estado
Atualização:

A juíza chilena Romy Rutherford acolheu nesta segunda-feira uma queixa contra o presidente eleito do Peru, Alan García, por violações dos direitos humanos durante seu primeiro mandato (1985-1990), informaram fontes judiciais. Em sua resolução, a juíza Rutherford, da 2ª Vara Criminal de Santiago, considerou que os crimes de lesa-humanidade são de jurisdição internacional. A queixa foi apresentada dia 22 de junho pelos peruanos Raúl Paiva e Rodolfo Noriega, dirigentes do Comitê de Refugiados do Peru no Chile. Na ocasião, García estava em visita ao país para se reunir com a presidente chilena, Michelle Bachelet. O processo se refere aos massacres de presos pertencentes ao Sendero Luminoso e a outros grupos, em 19 de junho de 1986, quando eles se amotinaram para evitar a transferência para uma prisão de alta segurança. Segundo Paiva, as autoridades promoveram também execuções extrajudiciais e torturas durante um motim em 1988 e o Governo de Alan García se negou a dialogar com os detidos. O levante foi sufocado pela infantaria da marinha, que invadiu o presídio e enfrentou os presos, deixando 119 mortos, segundo Paiva. Ele acrescentou que muitos detidos foram executados depois de se renderem, outros foram torturados e alguns desapareceram.

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