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Alarme de bomba que desviou rota de avião inglês era falso

Bilhete encontrado em um vôo que ia de Londres para o Egito obrigou pouso de emergência em um aeroporto italiano

Por Agencia Estado
Atualização:

Um bilhete indicando a presença de uma bomba em uma avião foi encontrado hoje em um vôo que fazia a rota entre Londres e o Egito. A ameaça obrigou o avião a parar no aeroporto de Brindisi, no sul da Itália. "Neste avião há uma bomba", dizia o bilhete, escrito em inglês e encontrado em uma das poltronas do Boeing 767 da companhia britânica Excel. O piloto decidiu então aterrissar e uma inspeção foi realizada na aeronave. Após a checagem, a polícia local negou que houvesse um explosivo no avião. "O alarme foi cancelado", disse o chefe da polícia de fronteira de Brindisi, Salvatore de Paolis. O vôo, com 269 passageiros e nove membros da tripulação, recebeu ajuda de um caça F-16, que o acompanhou até o aeroporto no sul da Itália. Os passageiros foram retirados imediatamente após o pouso e a polícia antiterror italiana inspecionou a aeronave, enquanto bombeiros estavam prontos para intervir se houvesse alguma explosão. Na semana passada, a polícia britânica anunciou a descoberta de um complô terrorista para derrubar dez aviões na rota entre a Grã-Bretanha e os Estados Unidos. O plano seria executado com explosivos líquidos. Foram detidos 23 suspeitos, mas um deles já foi libertado, sem acusações. Nesta sexta-feira, a polícia teria encontrado, durante as investigações do complô, pelo menos doze vídeos de "mártires", segundo a BBC. Os vídeos estavam em computadores portáteis e foram gravados por alguns dos suspeitos detidos na semana passada. Oficialmente, porém, a Scotland Yard se negou a comentar o fato. O anúncio da ameaça levou a um aumento do controle nos aeroportos britânicos, inclusive com a proibição de líquidos na bagagem de mão - com exceção de remédios e leite para crianças. O aumento da segurança causou atrasos e cancelamento de vôos, trazendo prejuízo econômico para as empresas aéreas. A irlandesa Ryanair ameaçou hoje processar o governo britânico se, em uma semana, as medidas de segurança não fossem atenuadas. A companhia, voltada para vôos de baixo custo, informou que o aumento da segurança a partir da última semana já lhe custou ? 2 milhões (US$ 3,8 milhões). A Ryanair pede o fim da exigência de que todos os passageiros sejam revistados e da limitação da bagagem de mão a uma bolsa de tamanho suficiente para levar um computador portátil. Caso os pedidos não sejam cumpridos, além do processo, a empresa divulgou que pediria aos passageiros que chegassem mais cedo aos aeroportos - para evitar mais atrasos - e repassaria o custo extra em segurança para as passagens.

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