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Albânia rejeita pedido dos EUA para destruir o arsenal químico da Síria

Primeiro-ministro alegou que país não tinha a 'capacidade necessária' para a destruição das armas

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Por Redação
Atualização:

(Atualizada às 19h)

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TIRANA - A Albânia rejeitou nesta sexta-feira, 15, o pedido dos EUA para abrigar uma instalação e destruir as armas químicas sírias, adiando as conversas para definir um plano detalhado para a destruição do arsenal. A decisão marca uma ruptura na tradicional política de aliado de Washington.

A resposta ao pedido americano levou em consideração os diversos protestos da população da Albânia contrária ao acordo. Nesta sexta-feira, centenas de manifestantes, entre eles estudantes que saíram mais cedo das aulas, se concentraram para criticar o plano. Eles gritavam slogans e pintaram a palavra "não" nos rostos.

"É impossível para a Albânia se envolver nessa operação", afirmou o primeiro-ministro Edi Rama. "Não temos a capacidade necessária para nos envolvermos". O país precisaria construir uma cara instalação para processar dezenas de milhares de toneladas de lixo tóxico, subproduto da destruição das armas químicas.

Não há indicação de onde os EUA e a Rússia podem buscar ajuda para a destruição do arsenal químico sírio. Hoje era o prazo final estabelecido para que a Opaq e a Síria chegassem a um acordo para um plano detalhado sobre o local onde serão descartadas 1,3 mil toneladas de gás sarin, mostarda e de outros agentes que afetam o sistema nervoso, considerados perigosos demais para serem destruídos na Síria em meio à guerra civil.

A Síria concordou em setembro em destruir todo o seu estoque de armas químicas, como parte de um acordo firmado por Rússia e EUA. O presidente sírio, Bashar Assad, aceitou o plano depois que Washington ameaçou usar a força em resposta a um ataque com gás sarin que matou centenas de pessoas em Damasco no dia 21 de agosto.

Um comunicado divulgado pela Opaq nesta sexta-feira afirma que o acordo para destruição do arsenal foi aprovado. As armas serão levadas para fora da Síria e destruídas até o fim de junho de 2014./ REUTERS

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