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Alemães retiram 45 mil pessoas de cidade para desativar bomba

Metade da população de Koblenz passa o domingo em abrigos por causa de artefato da 2ª Guerra

Por BERLIM
Atualização:

KOBLENZ  - Quase metade dos 107 mil moradores de cidade de Koblenz, na Alemanha, tiveram de deixar suas casas ontem por causa de uma bomba britânica de 1,8 tonelada lançada durante a 2ª Guerra. Cerca de 2,5 pessoas, entre policiais, bombeiros e médicos participaram da operação para neutralizar o artefato, que foi descoberto no leito do Rio Reno.A retirada de 45 mil pessoas de um raio de 2 quilômetros foi concluída à tarde e a bomba foi desativada com sucesso. Autoridades alemãs montaram abrigos nas partes mais distantes da cidade para receber os moradores. Sete clínicas, dois hospitais e até uma prisão com cerca de 200 detentos também foram esvaziadas. De acordo com especialistas, a bomba britânica poderia causar enormes prejuízos caso explodisse. Ela foi encontrada na semana passada ao lado de uma bomba americana de 275 quilos. Elas apareceram no leito do Rio Reno após o nível da água cair significativamente em razão de uma escassez recorde de chuva. Encontrar bombas não detonadas lançadas pelos Aliados sobre a Alemanha é comum, mesmo 65 anos após o fim da 2ª Guerra. Os artefatos são geralmente desativados ou detonados de maneira controlada.Autoridades alemãs construíram uma barragem com centenas de sacos de areia ao redor do local para bombear água e facilitar o trabalho de desativar a bomba. O tráfego ferroviário e rodoviário também foi paralisado na região, que fica a 130 quilômetros de Frankfurt. Os moradores de Koblenz, cidade que foi duramente castigada por bombardeios durante a 2ª Guerra, já estão acostumados com esse tipo de situação. Segundo funcionários municipais, desde 1999, 28 bombas menores já foram encontradas na cidade - a maioria foi achada durante trabalhos de construção ou por agricultores.O mesmo se repete em outras partes do país. O governo alemão estima, por exemplo, que ainda existam cerca de 3 mil bombas enterradas somente na capital Berlim. / REUTERS

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