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Alemanha abrirá documentos nazistas

Após 61 anos, os documentos que mostram como o holocausto foi programado serão abertos para o público

Por Agencia Estado
Atualização:

A Alemanha irá assinar nesta quarta-feira um acordo que irá liberar a abertura de milhões de arquivos nazistas para o público. A medida tem como objetivo elucidar os passos que os oficiais de Adolf Hitler deram para levar a cabo o Holocausto, informou o ministro do Exterior da Alemanha, Guenter Gloser. O acordo foi fechado em abril pelas 11 nações que compõem a mesa do Serviço Internacional de Investigação, um dos braços do Comitê Internacional da Cruz Vermelha que vem estudando os documentos do que um dia foi a Alemanha Ocidental - a Alemanha foi dividida em duas após o final da 2ª Guerra Mundial, uma parte Ocidental (capitalista) e a outra Oriental (comunista). Gloser irá assinar formalmente o protocolo que abre estes documentos na presença de representantes das outras 10 nações que fazem parte do bloco. A cerimônia da assinatura será em Berlim, informou o ministro. O embaixador americano William Timken Jr. assinará o documento em nome dos Estados Unidos, informou a representação americana na Alemanha. Depois de assinado, o protocolo precisa ser ratificado por todos os 11 Estados signatários antes que seja autorizada a abertura dos arquivos. Mesmo com a ratificação do protocolo, ainda não há uma data concreta agendada para liberar os documentos para o público e outros pesquisadores, mas a ministra da Justiça da Alemanha, Brigitte Zypries, espera que todo o processo seja encerrado até o final deste ano. Sobreviventes do Holocausto devem comemorar a vitória, já que foram eles e suas famílias que pressionaram os governos, argumentando que caso os documentos não sejam abertos ao público a história de seus parentes mortos durante a ação nazista seria perdida para sempre. De acordo com um tratado de 1955, informações sobre o holocausto só poderiam ser dadas para sobreviventes ou pessoas que tinham o consentimento, por escrito, de ex-vítimas. As investigações descobriram que era possível localizar pessoas desaparecidas com os documentos.

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