30 de maio de 2011 | 08h20
"Após longas consultas, existe agora um acordo para colocar um fim na energia nuclear", disse o ministro, depois de sete horas de negociações nos escritórios da chanceler Angela Merkel, que entraram pela madrugada. "A decisão é consistente, decisiva e clara", acrescentou.
A Alemanha possui 17 reatores nucleares. Oito deles estão fora da rede de eletricidade, sendo que sete são os mais antigos do país e haviam sido paralisados por três meses enquanto se aguardava uma avaliação de segurança em seguida à crise nuclear na usina de Fukushima, no Japão. O oitavo fica na usina Kruemmel, no norte da Alemanha, e estava paralisado há anos em razão de problemas técnicos.
Segundo Roettgen, além dos oito reatores já paralisados, seis encerrarão as operações até o fim de 2021 e os três mais modernos serão desligados até o fim de 2022. O ministro afirmou que não há riscos de blecautes. "Nós garantimos que o fornecimento de energia será assegurado em todos os momentos e para todos os usuários", disse. Atualmente, 22% das necessidades de eletricidade da Alemanha são cobertas pela energia nuclear.
A decisão de hoje indica um retorno ao cronograma estabelecido dez anos atrás pelo governo anterior da Alemanha, liderado por uma coalizão entre o Partido Social Democrata e o Partido Verde. No fim do ano passado, o governo de Merkel decidiu estender a vida útil dos 17 reatores alemães por, em média, 12 anos, o que os manteria em uso até meados de 2030. Essa decisão era impopular na Alemanha mesmo antes do desastre no Japão. As informações são da Dow Jones.
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.