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Alemanha aprova leis para conter chegada de imigrantes

Maioria dos deputados do Parlamento alemão aprovou uma revisão das regras para obter asilo

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Por Redação
Atualização:

BERLIM - A Câmara dos Deputados do Parlamento da Alemanha aprovou nesta quinta-feira, 15, uma legislação voltada para conter a entrada de imigrantes, tema que provocou divergências com a chanceler Angela Merkel dentro de seu próprio partido. As discussões ocorrem em um momento em que o país busca construir moradias suficientes para milhares de pessoas que chegam diariamente em busca de asilo.

As novas regras, aprovadas pela grande maioria dos 631 deputados, reduzirá benefícios em dinheiro pagos a pessoas em busca de asilo, acelerará a revisão das regras para a obtenção de asilo e também a saída daqueles que tiveram seus pedidos rejeitados. Além disso, as normas dificultam que cidadãos de Albânia, Kosovo e Montenegro se tornem refugiados.

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O governo ainda destinou cerca de 6 bilhões de euros (US$ 6,8 bilhões) em dinheiro extra para lidar com os custos relacionados à imigração em 2015 e 2016. A maior parte do benefício irá para os 16 Estados alemães, que reclamam do crescente custo para suas finanças com alimentação e abrigo dos imigrantes em busca de asilo.

"Não é exagero chamar essa tarefa de teste histórico para a Europa", disse Merkel. Segundo ela, fechar as fronteiras no século 21 "é uma ilusão". A chanceler alemã pediu ações conjuntas do bloco europeu para confrontar a crise.

As medidas ainda precisam ser aprovadas pelo Senado. A votação deve ocorrer na sexta-feira.

"O número daqueles chegando a nós neste ano é simplesmente muito alto. Eu não sei de ninguém que discorde seriamente disso", afirmou o ministro do Interior, Thomas de Maizière. "Nós trabalhamos intensivamente para a redução deste número, em âmbito internacional, europeu e nacional", disse. 

Berlim espera receber 800 mil a 1 milhão de pessoas neste ano em busca de asilo, quase 1% de sua população.

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Turquia. Angela Merkel disse que a Turquia desempenha um papel fundamental na resolução da "tarefa histórica" ​​de lidar com a crise migratória na Europa, e que a União Europeia tem de fazer mais para ajudar o governo turco a lidar com o fluxo de refugiados.

Com o bloco europeu bastante dividido sobre o modo como lidar com centenas de milhares de pessoas que fogem da guerra e da pobreza no Oriente Médio, Ásia e África, a cooperação com países como a Turquia é cada vez mais vista como fundamental para superar o problema. /DOW JONES NEWSWIRES e REUTERS

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