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Alemanha auxiliará as forças internacionais da ONU no Líbano

Porém ainda não ficou claro se o país enviará ou não tropas para a região

Por Agencia Estado
Atualização:

A Alemanha quer ajudar a força internacional liderada pela ONU no Líbano para manter a segurança na fronteira com a Síria, informou nesta quarta-feira o governo alemão. Porém, Berlim não se comprometeu a enviar tropas para agir como mantedores da paz na região. A chanceler alemã Angela Merkel e líderes de dois partidos de sua coalizão concordaram, nesta quarta-feira, que a Alemanha deseja auxiliar nos esforços para pôr um fim ao conflito entre Israel e militantes do Hezbollah. O governo informou por meio de um comunicado que dará "assistência humanitária, contribuirá com a reconstrução e a segurança na a fronteira libanesa com a Síria, particularmente na parte costeira". Não foi dado detalhes e não se fizeram nenhuma menção sobre o envio de tropas. Oficiais sugeriram que Berlin envie tropas para vigiar a fronteira libanesa com a Síria, patrulhas navais ao Mediterrâneo e engenheiros militares para reconstruir pontes destruídas por bombardeios. Alguns políticos, atentos ao passado Nazista da Alemanha, se manifestaram contra o envio de tropas alemãs ao Líbano como parte do plano da ONU de envio de 15 mil soldados para áreas onde, possivelmente, haverão confrontos com soldados israelenses, como a fronteira libanesa com Israel. Com aproximadamente 7.700 soldados alemães atuando em missões internacionais do Afeganistão ao Congo, o ministério da Defesa também queixou-se de falta de equipamentos de suas forças armadas. A Alemanha listará o modo como auxiliará em um encontro que será realizado nesta quinta-feira, nas Nações Unidas, de países que poderão contribuir de alguma forma com a reconstrução e o restabelecimento da paz no Líbano. Mesmo assim, qualquer decisão de enviar tropas ainda necessita da aprovação do Parlamento Alemão. Ainda nesta quarta-feira, o governo afirmou que líderes alemães estão considerando em seus planos para o Líbano um "pequeno número de componentes de longo prazo", incluindo um esforço para uma "regra para uma paz durável na região". Tal regra deve "garantir o direito de Israel existir, a proteção do desenvolvimento da soberania do Líbano e a superação do conflito entre palestinos e israelenses baseada em uma resolução desenvolvida pelos dois Estados". Áustria A Áustria não irá fazer parte da força de paz internacional liderada pela ONU que será enviada ao sul do Líbano, informou um porta-voz do Ministério do Exterior austríaco. Na última quinta-feira, a ministra do exterior austríaca Ursula Plassnik informou que seu país "não enviará tropas ao sul do Líbano". Porém, ela não excluiu a possibilidade de a Áustria exercer uma "função especial" no sul do país.

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