Alemanha e Comissão Europeia apoiam europeu para substituir Strauss-Kahn

Angela Merkel e José Manuel Barroso, deram declarações depois de renúncia do diretor do FMI

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Por BBC Brasil
Atualização:

Líderes da União Europeia afirmaram nesta quinta-feira, 19, que um candidato europeu deve substituir o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

 

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Os comentários foram feitos horas após a renúncia de Strauss-Kahn à chefia do órgão. O francês está preso em Nova York sob acusação de tentar violentar uma camareira de um hotel de Manhattan. Ele voltou a negar as acusações. Após o anúncio da saída de Strauss-Kahn, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o presidente da Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso, se pronunciaram a favor de que o FMI continue sendo dirigido por um europeu. Merkel afirmou que é importante manter um europeu à frente do órgão, devido aos problemas econômicos que enfrentam países da zona do euro. Segundo analistas, a opinião de Merkel tem um peso considerável, já que a Alemanha é a maior economia da Europa. A pressão por uma chefia europeia do órgão ocorre também em meio a um debate sobre se o substituto de Strauss-Kahn deveria vir de países em desenvolvimento. Países em desenvolvimento vêm afirmando há anos que querem mais peso no FMI - uma das instituições multilaterais mais importantes do mundo. Pressão Strauss-Kahn, que está detido na prisão de Rikers Island, em Nova York, deve fazer um novo pedido de liberdade sob fiança nesta quinta-feira. Em comunicado, ele afirmou que decidiu apresentar sua renúncia "com infinita tristeza". "Neste momento penso primeiro em minha mulher - a quem amo mais do que qualquer coisa -, em meus filhos, em minha família, em meus amigos. Também penso em meus colegas no Fundo; juntos, alcançamos tantas coisas grandes nos últimos três anos e mais", afirmou. Após reafirmar que nega "com a maior firmeza possível" as acusações contra ele, Strauss-Kahn diz querer proteger a instituição do FMI e dedicar todas as suas forças e energia em provar sua inocência. O FMI afirmou que informará "no futuro próximo" sobre o processo de seleção de um novo diretor-geral. O atual vice-diretor-geral, o americano John Lipsky, vem exercendo o cargo interinamente desde a prisão de Strauss-Kahn. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 

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