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Alemanha inaugura memorial dedicado às vítimas de ataque em Munique em 1972

Quarenta e cinco anos após a tragédia, o memorial foi instalado no Estádio Olímpico de Munique e está composto por fotos em preto e branco das vítimas, acompanhado de suas biografias

Atualização:

MUNIQUE - A Alemanha inaugurou um memorial, nesta quarta-feira, 6, dedicado aos 11 atletas israelenses assassinados no dia 5 de setembro de 1972 pelo comando palestino Setembro Negro, durante as Olimpíadas de Munique.

Quarenta e cinco anos após a tragédia, o memorial foi instalado no Estádio Olímpico de Munique e está composto por fotos em preto e branco das vítimas, acompanhado de suas biografias. 

Retratos de alguns dos atletas israelensesmortosno ataque de Munique Foto: Christof Stache/AFP

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Com custo de € 2,2 milhões, a instalação foi inaugurada com a presença dos presidentes alemão Frank-Walter Steinmeier e israelense Reuven Rivlin, ao lado do presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach.

"Este novo lugar para a memória é um local importante, tanto para os israelenses quanto para os alemães. Mas antes de tudo, é dedicado às vítimas de 5 de setembro de 1972", declarou Steinmeier.

Nesse dia, oito membros da organização palestina Setembro Negro entraram em um apartamento da delegação israelense na vila olímpica, matando oito atletas do país e tomando nove como reféns. A ideia era trocá-los por 232 prisioneiros palestinos.

A intervenção dos serviços de segurança alemães resultaram com a morte de todos os reféns, além de um policial alemão. Cinco dos oito membros do comando foram mortos e outros três capturados.

Helicópteros destruídos após operação da polícia alemã nos ataques de Munique Foto: AP

Rivlin lembrou que várias vítimas eram sobreviventes do Holocausto que foram para Munique com espírito de reconciliação.

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"Quarenta e cinco anos depois do massacre, o terrorismo internacional continua ameaçando as pessoas inocentes", indicou Rivlin, avaliando que a comunidade internacional precisa se mostrar unida diante do terrorismo.

Vários parentes das vítimas assistiram à inauguração. Ilana Romano, viúva do halterofilista Yossef Romano, acompanhou o evento. "Um ato muito emocionante", indicou Ilana, que desde 1978 luta por um memorial em homenagem às vítimas.

"Uma dor profunda, mas um sentimento de gratidão", acrescentou, lembrando que os esportistas israelenses que viajaram para Munique foram "contentes e cheios de esperança, mas voltaram em um caixão pelo único erro de serem israelense".

Depois, Rivlin e Steinmeier foram ao campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, para depositar uma coroa de flores. /AFP 

Os presidentesde Israel, Reuven Rivlin, e da Alemaha, Frank-Walter Steinmeier, no campo de concentração em Dachau, pertode Munique Foto: Michael Dalder/Reuters
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