Alemanha prende suspeito de ter vendido armas a envolvidos em atentados em Paris

Segundo jornal alemão, quatro armas foram vendidas na internet pelo suspeito no dia 7 de novembro para um comprador de ‘descendência árabe’

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Por Redação
Atualização:

BERLIM - Procuradores da cidade alemã de Stuttgart confirmaram nesta sexta-feira, 27, que prenderam um homem de 34 anos por suspeita de tráfico de armas, mas se negaram a comentar sobre um relato de que ele teria fornecido quatro armas para militantes extremistas que estariam envolvidos nos atentados em Paris.

"Posso confirmar que um homem está em custódia por suspeita de tráfico de armas", disse um porta-voz do procurador do Estado de Baden-Wuerttemberg, acrescentando que a prisão foi feita na terça-feira.

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Anteriormente, o jornal alemão Bild noticiou que o homem era suspeito de ter vendido quatro armas aos jihadistas que mataram 130 pessoas em Paris em 13 de novembro.

O jornal relatou que quatro armas - duas AK-47 fabricadas na China e duas Zasatva M70 fabricadas na ex-Iugoslávia - foram vendidas na internet pelo suspeito em 7 de novembro para um comprador de "descendência árabe".

Quatro e-mails encontrados no celular do suspeito indicaram que ele havia entrado em contato com um "árabe em Paris", relatou o jornal. O Bild acrescentou que procuradores franceses acreditam que as armas foram usadas nos ataques na capital francesa.

Investigações. A França não recebeu qualquer informação sobre a iminência dos atentados em Paris, afirmou na quinta-feira o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve.

"A única informação da qual dispomos sobre os movimentos destes terroristas nos chegou um dia após os atentados, de parte de um serviço (de inteligência) estrangeiro alheio à União Europeia (UE), declarou Cazeneuve à rede de televisão France2.

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Após os atentados, "nos chegou a informação, apenas uma, de que estes terroristas haviam passado pela Grécia há algumas semanas".

Os investigadores estabeleceram que dois dos três suicidas que se explodiram nos arredores do Stade de France, em Saint Denis, no norte de Paris, estavam entre a grande massa de refugiados sírios que chegou à Europa para escapar da guerra em seu país. /AFP e REUTERS

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