Alemanha remove força militar próxima da Líbia

Uma das principais forças da Otan, país mostra que não participará de intervenção no país africano

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BERLIM - A Alemanha vai retirar do Mediterrâneo seus navios e aviões militares e não participará da incursão internacional na Líbia. A medida foi adotada nesta terça-feira, 22, depois de ser dada quase como certa a participação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no conflito do país africano.

 

 

A Alemanha, que se absteve de aprovar a intervenção na Líbia durante a votação do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), é uma das principais forças da aliança. O aparato militar alemão na região já serviu várias outras missões da Otan.

 

O Ministério da Defesa alemão anunciou a retomada do comando de quatro barcos e 550 marinheiros que estavam destacados no Mediterrâneo. Entre 60 e 70 efetivos da Força Aérea envolvidos em missões de monitoração de navios na região também foram colocados fora de operação.

 

A decisão da Alemanha não deve agradar França, Reino Unido e EUA, países que estão liderando a intervenção na Líbia. Nesta terça, o trio concordou que a Otan deve desempenhar um papel na missão, o que deve ocorrer em breve. Com a retirada de seu aparato da região, Berlim dá o recado de que não participará das ações.

 

A coalizão formada por EUA, França, Reino Unido, Itália, Canadá, Qatar, Noruega, Bélgica, Dinamarca, Romênia, Holanda e Espanha deu início no sábado a uma intervenção militar na Líbia, sob mandado da resolução 1973 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A medida prevê a criação de uma zona de exclusão aérea na Líbia e a tomada de "quaisquer medidas necessárias" para impedir o massacre de civis pelas tropas de Kadafi, que está no poder há 41 anos e enfrenta um revolta há mais de um mês. Desde o início da ação internacional, os insurgentes ganharam força. Eles querem derrubar o ditador.

 

 

Com informações da Associated Press

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