Alemanha trabalha para banir Estado Islâmico do país

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Por Redação
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A Alemanha está trabalhando para banir o grupo extremista Estado Islâmico no país depois de centenas de alemães viajarem para a Síria para apoiar a facção radical no país, informaram dois altos funcionários da coligação da chanceler Angela Merkel. "Meu entendimento é que o ministro do Interior está trabalhando a toda velocidade para declarar o banimento das atividades do grupo e que o teste será feito de forma minuciosa e rápida", afirmou Wolfgang Bosbach, parlamentar da União Democrática Cristã."O movimento é necessário porque a maior ameaça à segurança interna deriva do retorno dos militantes do Estado Islâmico. Atividades de apoio, como expressões públicas de simpatia ao grupo e recrutamento de membros e coleta de dinheiro estão colocando a segurança interna do nosso país em risco", completou Bosbach. De acordo com ele, a medida será anunciada pelo ministro do interior, Thomas de Maizière, nos próximos dias ou semanas.O parlamentar Patrick Sensburg, também da União Democrática Cristã, confirmou que Maizière iria banir o grupo e que o ato poderia incluir a proibição de exibir bandeiras e símbolos do Estado Islâmico. Sensburg disse que os bens do grupo na Alemanha também precisam ser confiscados e que as autoridades iriam examinar se deveriam processar apoiadores do grupo no país.Um porta voz do ministro se recusou a comentar a questão. No começo da semana, Maizière disse a parlamentares que o governo estava preparando medidas energéticas contra os extremistas islâmicos na Alemanha.O plano de banimento vem depois de apoiadores do Estado Islâmico atacarem um grupo de jihardistas na cidade alemã de Herford, no último mês. O grupo extremista é acusado de realizar uma limpeza étnica e de tentativa de genocídio depois de ataques sistemáticos a minorias religiosas no norte do Iraque.No relatório publicado em junho, o Escritório para Proteção da Constituição, agência de inteligência alemã, informou que não havia evidências de estruturas ou membros do Estado Islâmico no país. Contudo, em uma entrevista a uma rádio há duas semanas, o presidente da agência, Hans-Georg Maassen, afirmou que 400 alemães ou pessoas que moravam no país se uniram ao grupo extremista na Síria e no Iraque.Pelo menos cinco dessas pessoas atuaram como homens-bomba no Oriente Médio, segundo Maasen. Ele afirmou que o terrorismo islâmico é a maior ameaça de segurança na Alemanha. O apoio a grupos islâmicos tem crescido no país. A agência de inteligência nacional estima que o número de potenciais apoiadores cresceu de 38.080 em 2011 para 43.190 em 2013. Fonte: Associated Press.

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