PUBLICIDADE

Alencar defende que Irã enriqueça urânio

Presidente em exercício defendeu diálogo com Teerã e a não interfererência em assuntos internos de outros países

Por Tania Monteiro
Atualização:

No dia em que foi realizada, em Washington, a Conferência de Segurança Nuclear, quando se discutiu até mesmo sanções para o Irã, o presidente em exercício José Alencar defendeu a possibilidade de os iranianos enriquecerem urânio para sere usado em artefatos nucleares para fins pacíficos.

 

Veja também:

 

Proposta

 

PUBLICIDADE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, apresentaram nesta terça ao líder americano, Barack Obama, uma proposta de mediação no conflito nuclear com o Irã para evitar novas sanções ao país islâmico, em meio a Cúpula de Segurança Nuclear encerrada hoje em Washington.

 

"Nós acreditamos que ainda há tempo para uma solução negociada", disse o ministro de Relações Exteriores brasileiro, Celso Amorim, em uma coletiva de imprensa.

Ainda segundo o chanceler, o breve encontro entre os três estadistas foi pautado "exclusivamente no Irã".

Publicidade

 

Brasil e Turquia são membros não permanentes do Conselho de Segurança da ONU, onde os Estados Unidos buscam que novas sanções contra o Irã sejam aprovadas, país o qual os Estados Unidos acusam de buscar desenvolver armas nucleares.

 

Brasília e Ancara se opõem abertamente à imposição de sanções ao Irã por conta do programa nuclear deste país e pregam o diálogo diplomático como solução para a crise entre República Islâmica e as potências nucleares.

 

No encerramento da cúpula, no entanto, Obama, pressionou os líderes mundiais para que aprovem de maneira 'audaz e veloz' sanções contra o Irã por seu programa nuclear.

 

 "Meu interesse é não haver um processo que se arraste durante meses", disse Obama, ao pedir que o tema "avance com audácia e rapidez".

 

Compromisso

 

Os governantes de todo o mundo se comprometeram a entregar material nuclear aos Estados Unidos e a fechar alguns reatores nucleares, e os EUA, de acordo com Obama, fortalecerão a segurança em suas próprias zonas nucleares e permitirão inspeções internacionais.

 

Antes da cerimônia de encerramento, os Estados Unidos declararam que o governo Obama havia apresentado ao Congresso uma proposta de legislação para que as leis de seu país se adaptem às disposições de dois tratados: um para prevenir um possível ataque terrorista com armas nucleares e outro para proteger fisicamente os materiais nucleares.

Publicidade

 

Obama convocou a cúpula de segurança nuclear para focar a atenção mundial na missão de impedir que algum material atômico caia em mãos terroristas, uma possibilidade que, segundo o governantes representa a maior ameaça para todas as nações.

 

Os países representados na cúpula disseram que irão cooperar mais estreitamente com a ONU e seu órgão supervisor nuclear, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), e que também irão compartilhar informações sobre a detenção de elementos nucleares e as formas de prevenir o tráfico destes materiais.

 

Segundo Obama, os passos tomados na Cúpula Nuclear de Washington fazem com que os americanos e o resto do mundo fiquem mais seguros. Graças às medidas que tomamos", disse  em coletiva de imprensa, "o povo americano estará mais a salvo e o mundo será mais seguro".

O discurso de Obama encerra a conferência de 47 países, a maior assembleia de líderes mundiais sediadas pelos Estados Unidos desde 1945.

 

 

Saiba mais

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.