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Alerta máximo no Peru antes da visita de Bush

Por Agencia Estado
Atualização:

O governo do Peru colocou suas forças de segurança em alerta máximo e fechou algumas ruas da capital, Lima, antes da visita do presidente dos EUA, George W. Bush, ao país, neste fim de semana e após o letal atentado nas proximidades da embaixada americana. Um veículo carregado com 50 quilos de explosivos explodiu na última quarta-feira à noite diante da sede diplomática dos EUA, deixando 9 pessoas mortas e dezenas feridas. Foi o pior atentado terrorista no Peru em mais de cinco anos. Também despertou o temor de que o Sendero Luminoso, movimento rebelde que castigou o país até meados dos anos 90, se tenha reagrupado, embora nenhum grupo tenha assumido a autoria do atentado. Bush, que se encontra em Monterrey, no México, assistindo a uma reunião das Nações Unidas sobre desenvolvimento, decidiu levar adiante seu plano de visitar o Peru neste sábado, quando o presidente americano deve reunir-se com Toledo e os líderes de Colômbia, Bolívia e Equador, como parte de sua visita à América do Sul. Antes do atentado, o ministro do Interior peruano, Fernando Rospigliosi, havia anunciado que 7.000 policiais seriam mobilizados para manter a segurança em Lima durante a visita de Bush. Essa visita acontece num momento crítico para o presidente peruano, Alejandro Toledo - cuja popularidade está despencando (caiu de 59% em julho, após assumir o poder, para 25% atualmente). Toledo vem enfrentando manifestações de rua além de, mais recentemente, o ressurgimento do terrorismo. O chefe de gabinete de Toledo, Roberto Dañino, disse esperar que "esta visita marque as coincidências de uma agenda bilateral mais estreita e que se centralize sobretudo nos investimentos e no comércio". Na véspera da chegada de Bush a Lima, funcionários públicos demitidos na década passada, durante o governo de Alberto Fujimori, realizavam uma marcha pedindo sua readmissão. Em Arequipa, segunda cidade mais importante do país depois de Lima, moradores e organizações sindicais desfilaram por ruas e praças em protesto contra a próxima privatização de empresas de eletricidade. Nesta quinta-feira, Toledo retornou apressadamente do México, onde assistia à conferência da ONU, em razão do atentado terrorista perto da embaixada americana. Esta sexta-feira foi declarada pelo governo dia de luto nacional no Peru em memória das vítimas do atentado.

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