A China exigiu nesta segunda-feira, 25, que a Coreia do Norte interrompa todas as ações que possam piorar a situação do país. Esta foi a reação de Pequim ao anúncio de Pyongyang, mais cedo, de que realizou um teste nuclear subterrâneo com sucesso.
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"A China exige fortemente que a Coreia do Norte mantenha sua promessa de desmantelamento do programa nuclear e interrompa todas as ações que possam piorar a situação", afirmou o Ministério das Relações Exteriores chinês, em comunicado.
O primeiro teste norte-coreano, realizado em outubro de 2006, representou uma perda de prestígio internacional para Pequim, que desde 2003 lidera o diálogo entre as duas Coreias, Japão, Rússia e Estados Unidos para desmantelar o programa norte-coreano. Naquela ocasião, a China, que foi o último interlocutor a reagir ao teste, publicou um comunicado semelhante: a Coreia do Norte "ignorou a oposição da comunidade internacional e efetuou de forma flagrante um teste nuclear. O Governo chinês expressa sua firme oposição".
No entanto, o gigante asiático bloqueou, junto com a Rússia, em 2006, sanções radicais contra o regime norte-coreano, e só apoiou a resolução 1.718 do Conselho de Segurança da ONU quando a sanção se restringiu a artigos de luxo.
A China é o principal defensor internacional do isolado regime de Kim Jong-il, e também seu maior fornecedor de alimentos, ajuda e combustível, por isso os Estados Unidos, o principal oponente do regime norte-coreano, pediu a Pequim várias vezes para que pressione o isolado regime. No entanto, os especialistas indicam que Pequim foi perdendo influência sobre Pyongyang à medida que este foi desenvolvendo seu programa nuclear, que, segundo análises americanas, já é superior ao iraniano e com capacidade para atacar, mediante mísseis de curto alcance, Japão e Coreia do Sul.