
01 de novembro de 2011 | 15h56
Ahmadinejad fez um apelo antes da votação e afirmou que remover Hosseini do cargo representaria um retrocesso para o Irã, que se esforça no momento em lutar contra as sanções internacionais que o país sofre por causa do seu polêmico programa nuclear. A comunidade internacional impôs várias sanções sobre o Irã e suspeita que o país desenvolva seu programa nuclear com finalidades bélicas. O Irã nega e diz que seu objetivo é produzir energia.
Ahmadinejad disse hoje que Hosseini teve um papel crucial na luta do Irã contra as sanções. "Precisamos colocar essa questão (o escândalo financeiro) de lado, uma vez que a situação é crítica", disse o presidente aos parlamentares.
O líder do Parlamento, Ali Larijani, disse um pouco antes da votação que os parlamentares votariam a favor de Hosseini, após o ministro ter pedido desculpas públicas e prometer trabalhar duro contra a corrupção. "Se as minhas desculpas acalmarem o povo, eu ofereço minhas desculpas ao povo e a vocês", disse Hosseini aos parlamentares durante a sessão.
As declarações de Larijani indicam que a liderança teocrática do Irã não planeja aumentar a pressão sobre Ahmadinejad, por causa da questão nuclear iraniana. Também pode indicar que o próprio presidente não será convocado a dar explicações ao Parlamento em breve. No domingo passado, os parlamentares reuniram o número suficiente de assinaturas para que Ahmadinejad compareça ao Parlamento para se explicar sobre o escândalo de corrupção. Ele não é diretamente acusado e nem está envolvido, mas existe uma disputa política entre o presidente, que quer acumular poderes na presidência, e a liderança teocrática do Irã, personificada pelo aiatolá Ali Khamenei, que possui palavra final em todos os assuntos de Estado no país. O Irã também terá eleições parlamentares em 2012.
As informações são da Associated Press.
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