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Aliado de Menem é condenado a 14 anos de prisão

Por Agencia Estado
Atualização:

Um forte aliado do ex-presidente da Argentina, Carlos Menem, foi condenado a 14 anos de prisão - a mais dura pena já recebida por um político argentino em casos de corrupção. Um tribunal integrado por três juízes considerou culpado o ex-presidente do Conselho Deliberante (de prefeitos), José Manuel Pico, por repetidas fraudes, associação, enriquecimento ilícito e falsificação de documentos, segundo informou nesta sexta-feira a assessoria de imprensa do Palácio Judiciário. Além de sentenciá-lo a 14 anos de cárcere, os juízes decidiram que durante toda sua vida Pico não poderá mais exercer cargos públicos. Pico foi presidente do dissolvido Conselho Deliberante entre 1989 e 1993, cargo para o qual foi indicado por Menem. Antes de entrar para a política, Pico dirigia o sindicato dos panificadores, que era também aliado de Menem. Quando as acusações contra ele se tornaram públicas, Pico fugiu para o Brasil em julho de 1997, regressando a seu país 48 dias depois, quando foi detido. Em outubro de 1999, foi condenado a cinco anos de prisão por enriquecimento ilícito. Em janeiro de 2002, recuperou a liberdade após cumprir dois terços da pena, mas dois meses mais tarde foi preso novamente ao ser condenado por falsificação de documentos. Os juízes Raúl Llanos, Carlos Bossi e Jorge Rojas decidiram unificar essas condenações e acrescentar mais uma, de três anos, por vários delitos. Entre outras coisas, Pico é acusado de ter fraudado 500 pessoas que compraram apartamentos dos quais nunca puderam tomar posse e que foram vendididos por uma empresa à qual Pico estava ligado.

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