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Aliados criam grupo de contato com rebeldes e pedem saída de Khadafi

Em reunião em Londres, coalizão também discutiu possibilidade de armar os rebeldes líbios.

Por BBC Brasil
Atualização:

Representantes da coalizão que realiza a ofensiva militar na Líbia disseram nesta terça-feira, após uma conferência sobre o país árabe em Londres, que será criado um grupo de contato com os rebeldes líbios, para ajudar na transição de poder caso o líder Muamar Khadafi deixe o governo. Governos árabes vão integrar o grupo, cujo primeiro encontro oficial ocorrerá no Catar em cerca de duas semanas. Reunidos para discutir o futuro da Líbia, os 40 países e organizações - como a Otan e ONU - que apoiam a coalizão também intensificaram as pressões pela saída de Khadafi. O chanceler britânico, William Hague, disse que os representantes "concordaram que Khadafi e seu regime perderam completamente a legitimidade". A secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que os ataques às forças pró-Khadafi continuarão até que o líder líbio cesse os ataques aos civis. "Devemos continuar a pressão para isolar Khadafi, inclusive com uma ação conjunta aliando pressão política e diplomática, que deixe claro que ele precisa deixar o poder." Rebeldes armados Os governos dos Estados Unidos e da França disseram estar considerando a possibilidade de armar os rebeldes. Logo após o encontro em Londres, o ministro de Relações Exteriores francês, Alain Juppé, disse que a manobra está sendo discutida, mas deixou que isso só entraria em prática após a aprovação de um nova resolução da ONU apoiando essa medida. Outro ponto que gerou debate entre os aliados diz respeito ao futuro de Khadafi e sua família. EUA, Grã-Bretanha e Catar sugeriram que eles deveriam ter direito a exílio caso aceitem a oferta de pôr fim ao banho de sangue. O chanceler italiano, Franco Frattini, disse que essa pode ser a melhor alternativa para encontrar uma solução política para a crise. "O cessar-fogo é certamente essencial para pôr fim à violência e retirar Khadafi de cena", disse Frattini. "E o essencial para pôr fim a essa situação é que os países se disponham a aceitar Khadafi e sua família (no exílio)." BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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