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Almirante Blair critica abusos

Por AP e AFP
Atualização:

O futuro diretor nacional de inteligência dos EUA, almirante Dennis Blair, criticou ontem a utilização de tortura e grampos telefônicos ilegais - duas práticas pelas quais os serviços de inteligência do governo do ex-presidente George W. Bush foram duramente atacados. "A tortura é ilegal, imoral e ineficiente", afirmou Blair durante audiência à Comissão de Inteligência do Senado, que deve validar sua nomeação. De acordo com o almirante, o Manual do Exército dos EUA, que proíbe a tortura, "será emendado para tornar-se um manual para os militares e para a comunidade de inteligência". Blair também assumiu o compromisso de não apoiar as atividades de vigilância realizadas sem autorização legal, depois de os serviços de inteligência americanos terem instalado durante o governo Bush um controvertido programa de grampos sem mandado judicial. "Não apoio e não apoiarei atividades de vigilância sem autorização legal", afirmou Blair. Ele ainda se disse favorável a um controle constante do Congresso para preservar as liberdades civis. O almirante destacou que as ações antiterroristas precisam ser acompanhadas por esforços diplomáticos, considerando que a inteligência americana tem de "perseguir os terroristas", mas também apoiar os dirigentes que queiram trabalhar com líderes árabes que buscam um futuro de paz. Blair também se comprometeu a fornecer uma análise independente para o presidente Barack Obama.

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