Alto comandante taleban está entre os mortos em ataque a hospital de Cabul

Ao menos 19 pessoas faleceram no ataque de terça-feira e 50 ficaram feridas; a ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico de Khorasan (EI-K), grupo radical que é inimigo do Taleban

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Por AFP
Atualização:

O comandante militar taleban em Cabul, Hamdullah Mokhlis, faleceu ao tentar neutralizar com outros combatentes um ataque do grupo Estado Islâmico (EI) contra um hospital de Cabul que deixou pelo menos 19 mortos, informaram fontes oficiais nesta quarta-feira, 3.

Mokhlis, membro da rede radical Haqqani e oficial das forças especiais do Taleban, é a baixa mais importante dentro do movimento fundamentalista desde que o grupo tomou o controle do Afeganistão em agosto.

Combatente do Taleban monta guarda do lado de fora do hospital militar Sardar Mohammad Dawood Khan em Cabul. Foto: Wakil Kohsar / AFP

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O meio de comunicação oficial dos taleban informou que o comandante seguiu rapidamente para o hospital Sardar Mohammad Dawood Khan, o maior centro de saúde militar no Afeganistão, quando recebeu a notícia do ataque.

"Tentamos impedir, mas ele riu. Depois soubemos que foi martirizado no combate corpo a corpo no hospital", afirmou uma fonte do governo.

Ao menos 19 pessoas faleceram no ataque de terça-feira e 50 ficaram feridas. A ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico de Khorasan (EI-K), grupo radical que é inimigo do Taleban.

O atentado começou com um ataque suicida com bomba, seguido pela entrada de homens armados no complexo hospitalar.

Em um comunicado divulgado em seus canais no Telegram, o EI-K afirmou que "cinco combatentes do EI executaram ataques simultâneos e coordenados".

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Os líderes taleban enviaram as forças especiais ao telhado do edifício, com um helicóptero tomado do antigo governo afegão, que era apoiado pelos Estados Unidos.

O porta-voz do grupo fundamentalista que está no poder em Cabul, Zabihullah Mujahid, afirmou que o ataque foi neutralizado em 15 minutos graças a uma rápida intervenção.

As testemunhas do ataque descreveram à AFP cenas de terror, com pacientes e médicos tentando se esconder nos quartos dos andares superiores no início do tiroteio.

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