Aluno expulso invadiu escola na Alemanha por "vingança"

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Por Agencia Estado
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Depois de cinco horas de grande tensão, a polícia alemã conseguiu convencer nesta sexta-feira um adolescente armado que invadira um colégio de Waiblingen, perto de Stuttgart (sudoeste do país), a libertar seus reféns e entregar sua arma e munições sem derramamento de sangue. Ex-aluno de 16 anos que dissera a colegas estar planejando "uma vingança" por ter sido expulso da Friedensschule (Escola da Paz), o jovem, armado de pistola e farta munição, invadiu a sala de aulas de computação e tomou como reféns quatro alunos e uma professora. Entrou imediatamente em contato com as autoridades policiais de Waiblingen por telefone celular e exigiu em troca da libertação de todos 1 milhão de euros (cerca de US$ 980 mil) e um automóvel para fugir. Pizza antes de se entregar Mais de 120 agentes e atiradores de elite cercaram e isolaram o edifício, iniciando-se exaustiva negociação. O jovem começou libertando dois alunos reféns. Uma hora depois ele deixou os outros dois saírem. Ele teria dito aos reféns para que se mantivessem calmos a fim de evitar o pior. "Antes de se entregar, pediu uma pizza, sendo imediatamente atendido", ressaltou um porta-voz da polícia, Uwe Bieler, que classificou o ex-aluno de muito tranqüilo. "Achamos que não cometeria uma matança", concluiu, numa referência à tragédia de Erfurt, o pior massacre do pós-guerra na Alemanha, ocorrido em 26 de abril. Robert Steinhauser, um ex-estudante de 19 anos, invadiu um colégio e assassinou a tiros 16 pessoas - 12 professores, 2 estudantes, uma secretária e 1 policial -, suicidando-se em seguida.

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