19 de março de 2014 | 10h17
CARACAS - Depois de a Assembleia Nacional da Venezuela ter aprovado na noite da terça-feira, 18, uma moção para registrar na procuradoria-geral um processo para a retirada de sua imunidade parlamentar, a deputada opositora María Corina Machado prometeu que "não ficará calada" frente às ameaças do chavismo.
"Se acreditam que me ameaçando e 'pavimentando' a minha imunidade irão me calar, não me conhecem", escreveu em sua conta no Twitter uma das líderes dos protestos contra o presidente Nicolás Maduro. "Os venezuelanos me elegeram deputada para ser sua voz na Assembleia Nacional e para acompanhar suas lutas nas ruas. É o que tenho feito e o que seguirei fazendo."
Os chavistas, que possuem maioria na assembleia, acusam María Corina de desobediência civil e de se esforçar para desestabilizar o governo. A proposta foi apresentada pela chavistas Tanía Díaz, que exibiu vídeos e documentos para reforçar seu argumento.
A moção foi aprovada por maioria simples e as provas já foram enviadas à procuradoria-geral para que o órgão determine se existem elementos suficientes para solicitar ao Supremo Tribunal de Justiça a continuidade do processo para retirar a imunidade.
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, declarou em rede de televisão que ela será julgada por assassinato, terrorismo, delitos contra a humanidade, conspiração e desestabilização do país. / AP
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