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América Latina se torna a segunda região com mais mortes por covid-19 no mundo

Com 144.847 óbitos registrados, soma dos países ultrapassa América do Norte e fica atrás apenas da Europa

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Por Redação
Atualização:

A América Latina e o Caribe se tornaram nesta segunda-feira, 13, a segunda região do mundo com o maior número de mortos na pandemia do novo coronavírus depois da Europa, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que a velha normalidade não voltará "em um futuro previsível". 

Com 144.847 mortes registradas até as 17h de Brasília, a região superou os Estados Unidos e o Canadá (com 144.221 mortes acumuladas até as 16h de Brasília), e se situa atrás da Europa, com 202.780 óbitos, segundo contagem da AFP com base em dados oficiais.

México anunciou no domingo que o vírus havia deixado 35.006 mortos no país, superando a Itália em número de óbitos Foto: David Guzman/EFE

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A pandemia castiga particularmente o Brasil, o país mais afetado da região e o segundo do mundo, com 72.100 mortes e mais de 1,8 milhão de contagiados, entre eles o presidente Jair Bolsonaro, reticente a medidas de confinamento.

O coronavírus também se espalha pelo resto da América Latina, onde alguns países voltaram atrás da reabertura, em uma tentativa de conter a aceleração dos contágios.

É o caso da Colômbia, onde 3,5 milhões de pessoas voltaram nesta segunda-feira ao confinamento, devido a uma alta de casos "alarmante", que, segundo autoridades, poderia atingir um pico nas próximas semanas. Até 23 de agosto, a capital, Bogotá, terá quarentenas de 14 dias por localidades, enquanto o balanço oficial contabiliza 150.445 infectados e 5.307 falecidos no país.

Na Bolívia, onde cinco ministros se contagiaram, além da presidente Jeanine Añez, o governo intervirá em hospitais e cemitérios particulares ante o risco de colapso dos serviços públicos sanitários e funerários, anunciou o governo nesta segunda.

Enquanto isso, o México anunciou no domingo que o vírus havia deixado 35.006 mortos no país, superando a Itália em número de óbitos (34.954). 

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Apesar disso, o presidente Andrés Manuel López Obrador disse nesta segunda que em 23 dos 32 estados mexicanos o número de casos se encontra estável ou em declínio. "Agora, já temos que ir saindo à rua", disse, assegurando que os trabalhadores informais precisam fazê-lo e pedindo aos cidadãos que se cuidem.

A Argentina também lamentou uma alta pronunciada de casos ao superar os 100 mil, 95% deles na Região Metropolitana de Buenos Aires.

Os fechamentos se combinam com uma flexibilização seletiva no Chile, onde 18 clubes de futebol profissional em áreas em quarentena foram autorizados a retomar os treinamentos.

O Peru, orgulhoso de sua gastronomia, anunciou nesta segunda-feira que permitirá a reabertura de restaurantes em 20 de julho, com 40% de sua capacidade após quatro meses de fechamento.

Sem ilusão próxima

Dada a situação na América Latina e os retrocessos na Europa, onde novos confinamentos por recidivas geraram polêmicas, a OMS jogou um balde d'água fria nas expectativas de um retorno rápido à normalidade com um novo alerta, um dia depois de reportar um recorde diário de 230 mil novos contágios no mundo.

"O vírus segue sendo o inimigo público número um, apesar das ações de muitos governos e pessoas não o refletirem", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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Em nível global, a covid-19 causou quase 570 mil mortes e mais de 13 milhões de contágios, segundo contagem da AFP. /AFP