28 de agosto de 2010 | 00h00
O ex-presidente americano e Prêmio Nobel da Paz de 2002 deixou Pyongyang ontem cedo acompanhado de Gomes, que tinha sido capturado em 25 de janeiro e condenado em abril a 8 anos de trabalhos forçados, além de uma multa de US$ 600 mil por entrar ilegalmente na Coreia do Norte.
Em nota, o Centro Carter ressaltou que a missão teve caráter privado e não foi respaldada pelo governo dos EUA, O texto também diz que o líder norte-coreano concedeu anistia a Gomes a pedido do ex-presidente americano e por razões humanitárias.
O governo americano comemorou a libertação de Gomes e agradeceu pelo esforço do ex-presidente e do Centro Carter.
"Apreciamos o esforço humanitário do ex-presidente Carter e cumprimentamos a decisão da Coreia do Norte de conceder uma anistia especial a Gomes, permitindo que ele retornasse aos EUA", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley.
A agência oficial norte-coreana KCNA afirmou que a libertação só ocorreu depois de Carter oferecer um pedido de "desculpa" pela entrada ilegal de Gomes no país.
O governo de Pyongyang também manifestou desejo de retomar as negociações sobre seu programa nuclear.
Esta é a segunda vez em um ano que um ex-presidente dos EUA viaja a Pyongyang para libertar um cidadão americano. Em agosto de 2009, Bill Clinton conseguiu a libertação de duas jornalistas americanas que tinham sido presas na fronteira com a China e condenadas a 12 anos de trabalhos forçados.
Carter tem experiência em negociar com a Coreia do Norte. Em 1994, ele conseguiu que o então líder norte-coreano, Kim Il-sung, estabelecesse com os EUA conversas de alto nível, que levaram a um acordo de desarmamento nuclear.
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