Americanos abrem fogo a esmo, acusam iraquianos

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Por Agencia Estado
Atualização:

Segundo a versão do Exército dos Estados Unidos, soldados americanos foram vítimas de uma emboscada e abriram fogo para se proteger e defender civis que viajavam em um ônibus, pego inadvertidamente em meio ao fogo cruzado. Na versão dos civis iraquianos, os soldados americanos abriram fogo indiscriminadamente contra o ônibus, depois de uma explosão que teria como alvo os veículos militares. Seis passageiros e o motorista ficaram feridos, pelo menos um deles pelos disparos americanos. Um pedestre também saiu ferido, segundo testemunhas e o motorista do ônibus. Seis soldados americanos ficaram feridos no ataque, dois deles em estado grave, informou o Exército dos Estados Unidos. As versões conflitantes dos acontecimentos de domingo expõem a dificuldade em se chegar a um meio-termo entre os secos comunicados militares americanos e os testemunhos passionais de vítimas e civis iraquianos. Inicialmente, o Exército dos EUA negou a ocorrência. Um dia depois, um comunicado militar admitia: "Um indivíduo inimigo disparou uma granada contra a 4ª Divisão de Infantaria em uma emboscada ocorrida em 15 de junho, atingindo um ônibus civil que passava pelo comboio militar nos arredores da cidade de Mushahidah." O motorista do ônibus, Abdul Rahman Mohammed Ali, de 25 anos, contou que passou por um comboio de seis ou sete veículos militares quando ouviu uma explosão. Em seguida, relata, os soldados americanos abriram fogo contra o ônibus. "Não tínhamos nada a ver com aquilo. Estávamos apenas passando pelo local. Por que eles atacam as pessoas quando não sabe quem é o responsável?", questionou Ali, que tinha um curativo no pescoço, ferido por uma bala que passou de raspão.

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