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Americanos e europeus expressam 'indignação'

A reunião do Conselho de Segurança da ONU deixou aberta a possibilidade de novas sanções contra Moscou

Por WASHINGTON
Atualização:
Barack Obama disse que a incursão de quinta-feira terá mais "custos e consequências" para Moscou Foto: Pablo Martinez Monsivais

Em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, os EUA e aliados expressaram indignação com o que descreveram como um "padrão enganador de agressão russo", referindo-se à denúncia de invasão na Ucrânia. A reunião deixou aberta a possibilidade de novas sanções contra Moscou.

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"Em vez de ouvir, em vez de observar as demandas da comunidade internacional e as regras da ordem internacional, a Rússia vem diante deste conselho para dizer tudo, menos a verdade", acusou a embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power. "(Rússia) tem manipulado, ofuscado, energicamente mentido. Aprendemos a medir a Rússia por suas ações e não por suas palavras."

O embaixador russo, Vitali Churkin, por sua vez, não negou que russos têm lutado no leste da Ucrânia, mas disse que são apenas voluntários e não militares. Churkin acusou Kiev de "travar uma guerra contra o próprio povo". Segundo ele, os EUA deveriam parar de interferir "nas questões internas de soberania dos países". O embaixador questionou a presença de conselheiros estrangeiros na Ucrânia e quem estaria armando as tropas de Kiev.

Em Washington, o presidente americano, Barack Obama, responsabilizou a Rússia pela violência na ex-república soviética e disse que a incursão de ontem terá mais "custos e consequências" para Moscou. Ele disse que as sanções impostas à Rússia por seu envolvimento no conflito já deram provas de que estão funcionando e deixaram o país mais isolado do que nunca.

Obama descartou a possibilidade de uma solução militar para o conflito e afirmou que discutirá novas medidas com seus parceiros europeus e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na próxima cúpula, na semana que vem, no País de Gales. "É muito importante reconhecer que uma solução militar para este problema não está próxima", declarou Obama. Ele informou também que receberá o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, no mês que vem, na Casa Branca.

Líderes europeus afirmaram que devem se reunir no sábado, em Bruxelas, antes da cúpula da Otan para discutir o assunto.

/ AP, REUTERS e NYT

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